terça-feira, 24 de fevereiro de 2009





Será Lula um novo “messias”?

A aprovação do presidente Lula é recorde, de acordo com pesquisas recentes da CNT/SENSUS, é de 84%, sendo apenas 5% a rejeição ao Governo. É bom lembrar que em dezembro de 2008, os índices eram respectivamente, 80,3% e 15,2%. Quais serão as razões mais plausíveis desta alarmante aprovação? Será Lula um novo “messias” no inconsciente coletivo das pessoas, ou será um desempenho convincente no que diz respeito aos seus programas de governo.
Pra começo de conversa, o presidente é bom de discurso o suficiente para alavancar a esperança do eleitorado das mais diversas classes sociais. Se ele falar que a crise não chegará com força no Brasil ou que a inflação está sob controle, o povo certamente acreditará. Ou a oposição é incapaz de obstruir tal discurso “populista” ou teremos que provar as conseqüências da recessão global para questionarmos melhor se as medidas adotadas foram ou não coerentes.
Para diminuir o impacto sobre a crise mundial, Lula adota um discurso de medidas contra o desemprego e a manutenção dos investimentos e a produção. Mas o modelo econômico é semelhante no mundo todo, tem ênfase na competição e na interdependência econômica, política e tecnológica. Lula fala que seu governo se encaixa em um “capitalismo moderno”, e que seu governo é “responsável” pela melhora social do país. Ora, isso veremos com os novos desdobramentos da crise, nos países mais ricos a produção está cada vez se estagnando, há escassez de créditos, queda nos empregos e o que é pior, não há perspectivas num prazo curto de reação dessas economias.
Se o Brasil é um pais dependente tecnológica e economicamente das nações mais desenvolvidas, não há “milagres” ou medidas que senão a “capacidade de gerar consensos que o Lula tem”. Haja vista a inflação sob controle (e as constantes altas do dólar?) e as empresas não anunciaram demissão em massa (será só discurso ou o nosso PIB está caminhando alheio a tais implicações?).
É inevitável a desaceleração da economia, ou seja, a queda na arrecadação de impostos. Como o governo atual vai gerir seus programas assistencialistas? Até que ponto o messianismo de Lula garantirá a governabilidade deste? O mais coerente quando se ganha menos é cortar gastos, do contrário é intolerável. A meu ver, sem esses programas assistencialistas a popularidade do presidente Lula cairá sensivelmente. Sem ser pessimista, porém imparcial, com um olho no BBB 9 e outro no Palácio do Planalto, observamos os desdobramentos de uma crise global sem precedentes e consubstancialmente a evolução desses discursos humanos.
Dê um clock aqui.

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